segunda-feira, 22 de março de 2021

Diário EJAguaquara

Jornal - folheto elaborado pela equipe como síntese da disciplina Metodologia da Pesquisa, prof. Simone Varela 












 

O cordel abaixo foi criado pelos organizadores deste blog no intuito de ilustrar e resumir os capítulos 1 e 2 do livro de Paulo Freire, Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire, solicitado pela Prof. Arlene Malta na disciplina Educação Popular.              https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/Paulo%20Freire%20-%20Conscientiza%C3%A7%C3%A3o_pp.5-19.pdf

                              Capítulo 1 – O homem e sua experiência

Sobre o livro conscientização

Que queremos apresentar

A primeira e a segunda parte

A vida e o método de Freire relatar


No atual contexto

Muitos o têm criticado

Sem sequer o terem lido

Mas exaltamos o seu legado

 

Foi com seus pais

Que ele aprendeu a dialogar

Conceito-chave

Que sobre ele mais tarde

Vamos falar

 

Perdeu o pai em Jaboatão

Conheceu a fome e a miséria

Como professor de português

Passou ajudar os irmãos

E conheceu sua esposa, a Elsa

 

Depois do casamento

Passou ele a se preocupar

Com os problemas educacionais

Fazendo o curso de Direito ele deixar

 

Com as experiências no Sesi

Seu método foi melhorado

E do presidente chamou atenção

Para ser aplicado a nível Nacional

Primeiro Angicos – Rio Grande do Norte

Com apoio do Governo Federal

 

Mas a campanha de alfabetização

As oligarquias ela não agradou

Pois iriam o eleitorado transformar

Ameaçando seus privilégios

Com uma verdadeira democracia

Que poderia então germinar

 

Educação popular, meu caro

Para o educador poder criar e criticar

Para Elite é um perigo

- Tem que se eliminar!

 

E assim aconteceu

Em 64, o golpe ditatorial

Freire foi preso

Acusado de subversivo internacional

 

Para Freire a situação reverteu

E no Chile, seu método foi aplicado

E este país recebeu da Unesco destaque

Por ter do analfabetismo superado.

Capítulo 2 – Alfabetização e conscientização

Do capítulo 2 agora vamos falar

Reflexão muito importantes

Nesse conteúdo à abordar

Conscientização, método e alfabetização

Reflexão e práxis, na ação e pela ação

Para o homem o mundo transformar.

 

Acredita-se que sou

O autor desse vocábulo

Conscientização e alfabetização

Esse é o conceito das minhas idéias sobre educação.

 

Ao ouvir pela primeira vez a palavra conscientização

Percebi imediatamente a profundidade da sua significação

E estou absolutamente convencido

Que a educação é a prática da libertação.

 

Freire tinha ideias para reforçar

Que o homem como sujeito é preciso considerar

Refletindo sobre sua situação,

Para não se deixar dominar

Criando e re-criando, para numa cultura resultar

Sendo fazedor de história e o mundo transformar.

 

E todo o mundo

Com Paulo Freire aprenderá

Que a conscientização

E alfabetização

De cada cosmopolita

Concretizará

 

Ousado nas palavras

E firme na dedicação

Alfabetizou por etapas

Toda está nação

 

Nas fases de elaboração

Descoberta do universo vocabular

Numa seleção de palavras,

Dentro deste universo

Eu vou falar

 

Dando ênfase nesta fase de elaboração

Vem a terceira fase

Com muito mais dedicação.

Criação e desafios

Deste mestre, por vocação.

 

Êta quarta fase

Elaboração de fichas indicadoras

Para o trabalho coordenar

E a quinta e última

Com fichas elaboradoras

Ele começa a alfabetizar

 

O respeito e a liberdade

Qualifica a humanidade

Cria laços culturais

E formam homens geniais

 

Existem dois mundos

O natural e o cultural

Cabendo ao homem

O papel de ser imparcial

 

O autor destaca ainda

O caminhar harmônico

Em buscar do saber

E que há um novo começo

Quando se aprende a ler   

 

A alfabetização abordada por freire

Cria uma sociedade igualitária

Onde a democracia

Não é simplesmente imaginaria

 

O papel da conscientização

É uma prática pedagógica

Que objetiva mudança

Através da educação.

Referência

Freire, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Tradução de Kátia de Mello e Silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. (cap. 1 e 2)

 

Aula 05.03.21

 

No dia 05 de março de 2021 retornamos às atividades da disciplina Metodologia da Pesquisa, ministrada pela professora Simone Varela, de forma síncrona na plataforma RNP. Por conta da pandemia do Covid-19 as aulas presencias foram suspensas, e seu retorno ocorreu de forma remota na data citada. Importante lembrar que tivemos encontros antes, onde foi possível alinhar como seriam as atividades no formato remoto, bem como o processo de conclusão da disciplina Metodologia da Pesquisa.

A professora Simone iniciou a aula falando sobre os desafios da Educação à distância, principalmente em um curso de Educação de Jovens e Adultos. Em seguida ela justificou a escolha das atividades propostas para a disciplina e apresentou o Plano de Atividade Pedagógico Não-Presencial.

Para a retomada das discussões a professora apontou os elementos necessários para a construção de um projeto de pesquisa e de um artigo científico. Tivemos problemas com a plataforma utilizada para a aula síncrona, tentamos migrar para outra plataforma, mas muitos estudantes tiveram dificuldades em acessá-la, por isso retornamos para a RNP. Durante a aula, a professora utilizou exemplos de pesquisas de estudantes de outros cursos, o que facilitou a compreensão na prática dos elementos que compõe o trabalho científico.

Antes de finalizar a aula a professora citou o conceito intelectualidade orgânica de Gramsci, que se refere ao pesquisador que se mantém vinculado a sua classe social de origem e a ela se torna porta-voz. No contexto da Educação de Jovens e Adultos, esse tipo de intelectualidade se faz necessária, tendo em vista o público ao qual se destina.

Por fim, a professora leu um trecho do livro Pedagogia da Autonomia:

“É esta percepção do homem e da mulher como seres "programados, mas para aprender" e, portanto, para ensinar, para conhecer, para intervir, que me faz entender a prática educativa como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos. Como prática estritamente humana jamais pude entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura reacionalista. Nem tampouco jamais compreendi a prática educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual.” (FREIRE)